SOBRE PARALELEPIPEDO
Existem muitas estradas, ruas, praças e pátios cujo pavimento é construído com paralelepipedo, algumas delas já são seculares e até algumas julgam que já são milenares, mas que ainda hoje em dia servem a população. Esses pavimentos de paralelepipedo resistiram ao passar dos séculos. Há uma infinidade de cidades antigas com pavimentos de paralelepipedo, que são preservadas na atualidade, em especial nas zonas históricas. Só por curiosidade, existem pavimentos com mais de 100 anos que se encontram em perfeito estado de conservação e parecem ter sido feitos recentemente. Na Capela Sistina, em Roma, obra construída entre 1508 e 1512, o calçamento foi feito cerca de 20 anos depois. O Coliseu, em Roma, concluído no ano 37 e sem registro do ano do calcetamento são talvez as duas obras mais famosas onde existe a utilização de paralelepipedos que se mantém até aos nossos dias. Outros locais de relevo são a Praça vermelha, em Moscou cujo pavimento em pedra foi feito provavelmente há 1200 anos e o Arco do Triunfo, em Paris, que possuí um calçamento com mais de 700 anos. Em Lisboa existem diversos arruamentos cujo pavimento conta com mais de 500 anos e pode considerar que está em perfeito estado de conservação. Naturalmente que algumas sofreram com o desgaste provocado pelo aumento da massa dos veículos que nelas circulam, passando de aproximadamente 500 quilos cavalos para perto de 2.000 quilos alguns dos veículos suvs que usamos no dia a dia. A influência do clima. Todos os calçamentos dos tipos paralelepipedo, sem juntas de cimento são considerados pavimentos ecologicamente corretos, pois permitem a infiltração da água da chuva. As vantagens desta infiltração vão desde a recarga do lençol freático, à diminuição da vazão escoada para os mananciais, o que diminui os riscos de enchentes. O asfalto, embora sendo uma camada fina, tem o poder de absorver calor durante o período de insolação, este calor é liberado para o meio ambiente, o qual pode ser sentido ao andar pelas ruas asfaltadas. A temperatura é tanta que podemos sentir a liberação do calor nos pés. O pavimento de asfalto ainda continua irradiando calor por um bom tempo após o sol se pôr, o aumento da temperatura em relação com outros revestimentos é de até 3º C, mas com sensação térmica de até 5º C. Segundo as, empresas especializadas em pavimentos, as estradas asfaltadas, em dias de calor extremo, o pavimento chega por vezes a derreter e até enrugar, nos pontos onde o trânsito é intenso e é mais notório onde passam veículos pesados de mercadoria. No piso de paralelepipedo o comportamento é totalmente diferente, uma vez que este tipo de pavimento, por características geológicas da pedra, absorve menos calor. Este comportamento se deve, além das características da própria rocha, a espessura do calçamento em contato com a base, com o solo, facilita a dispersão do calor absorvido, não irradiando o calor por muito tempo depois do período de insolação, deixando a temperatura mais amena e tornando o clima mais agradável.